segunda-feira, 21 de maio de 2012


Carlos Gonçalves: “O escritório virtual é o modelo de futuro”
INTERMAIL
18/05/12, 07:55
OJE

No âmbito da conferência "Mercado de Escritórios - Sustentabilidade, Gestão de Espaços e Tecnologias de Informação", Carlos Gonçalves, diretor-geral do Avila Business Centers, explica ao OJE como o escritório virtual é o novo paradigma e de que forma a sustentabilidade é uma aliada das empresas.

Qual a relação entre sustentabilidade e escritórios virtuais?
O escritório virtual é um verdadeiro exemplo de modelo de trabalho orientado para a sustentabilidade e claramente um modelo de futuro do mercado, a par de outras soluções, como o coworking, por exemplo. Como contraponto ao escritório tradicional, em que os colaboradores têm praticamente a obrigatoriedade de se apresentarem no mesmo, o que obriga a deslocações diárias, no caso do escritório virtual, o trabalho é realizado à distância, eliminando, à partida, estas deslocações diárias, podendo o trabalho ser realizado em qualquer lugar e a qualquer hora. Empresas como a Oracle poupam, por ano, cerca de 300 milhões de dólares (236 milhões de euros) em despesas com o imobiliário, refletindo-se naturalmente em poupanças a nível energético. Nesta empresa tecnológica, 50% dos trabalhadores estão em regime de teletrabalho, poupando recursos energéticos e de combustível, tornando este modelo bastante sustentável e também atrativo para os colaboradores. Trata-se de um novo paradigma e a conferência "Mercado de Escritórios - Sustentabilidade, Gestão de Espaços e Tecnologias de Informação" pretende apresentar alguns casos de estudo neste domínio, não deixando de analisar o mercado de escritórios tradicional, a eficiência energética, as plataformas colaborativas e o cloud computing. Em Portugal, estamos a acompanhar as tendências que se verificam tanto nos EUA como no resto da Europa.

Em relação aos centros de escritórios existentes no País - ainda há um grande trabalho a fazer para atingir a sustentabilidade, de que forma terá de ser feito?Há claramente muito ainda a fazer nos centros de escritórios ditos "tradicionais". Hoje deverá haver a preocupação de ter um espaço bem dividido, com zonas comuns e com iluminação e climatização adequados à dimensão e que respondem às necessidades de conforto dos clientes, tanto os que usufruem do espaço físico como os que utilizam o escritório virtual e de coworking. Deverá existir a preocupação de utilizar iluminação LED, ter um excelente isolamento térmico, o que está inerente ao conceito de sustentabilidade, para além de sistemas inteligentes de consumo energético, com vista a maximizar a sustentabilidade dos espaços. Muitas empresas estão a incentivar a utilização de veículos não-motorizados, como o caso de bicicletas. Por exemplo, os clientes de coworking deslocam-se habitualmente de bicicleta até ao escritório.

A longo prazo, os edifícios de escritórios mais antigos e menos sustentáveis, apesar das rendas mais baixas, tornam-se mais dispendiosos? Que oportunidades irão gerar os velhos edifícios?Sim, é uma realidade. Temos o nosso caso particular: há uns anos, tivemos de transitar para instalações modernas, pois a reabilitação das instalações antigas pressupunha um investimento por parte dos senhorios que não se concretizou, provocando custos acrescidos a cada ano que passava. Este é um caso que acontece recorrentemente em espaços de escritórios tradicionais e que faz com que as empresas gastem muito dinheiro a nível energético, sobretudo devido ao fraco isolamento térmico de que esses escritórios padecem, o que leva sempre a enormes gastos a nível de climatização. Atualmente, os centros de escritórios já estão sensibilizados para as vantagens da eficiência energética e da sustentabilidade, investindo nas mais recentes tecnologias neste campo, o que se reflete naturalmente no preço final e real da utilização de um escritório físico ou virtual, revelando-se na opção mais correta na altura de escolher o escritório.

A sustentabilidade é uma preocupação de quem procura escritórios no mercado português ou o preço é o último argumento?Ambos são importantes e o preço também está diretamente relacionado com a sustentabilidade. Como referimos acima, é a fatura final que conta e não o aluguer por metro quadrado. Tudo tem impacto nas contas do aluguer, como a luz, a climatização, o condomínio, etc. Na conferência, iremos abordar as vantagens de as empresas utilizarem o modelo de centros de escritórios, nomeadamente na vertente de serviço chave-na-mão, onde todas estas variantes estão incluídas, para além do apoio de secretariado e atendimento telefónico, pelo que o cliente sabe exatamente o que vai pagar, não tendo surpresas inesperadas, como acontece nos centros tradicionais. No contexto atual, o cliente continua a valorizar o preço acima de tudo, mas é um pacote completo que ele pretende. Se existir um pacote de aluguer que reúna as duas vertentes - sustentabilidade e preço -, de certo vai captar a sua atenção. Acima de tudo, o cliente procura uma relação preço/benefício equilibrada.


Mercado em debateA segunda edição da "Your Office Anywhere" é subordinada ao tema "Mercado de Escritórios - Sustentabilidade, Gestão de Espaços e Tecnologias de Informação". Organizada pela empresa de aluguer de espaços físicos de trabalho chave-na-mão e escritórios virtuais Avila Business Centers, em parceria com o OJE, tem lugar no dia 25 de maio, no Auditório da Microsoft, Parque das Nações, em Lisboa.
O atual contexto de recessão exige uma nova abordagem ao mercado de escritórios. Por um lado, há uma contração na procura de novos espaços, por outro, há novos desafios, como a sustentabilidade, a tecnologia e os novos modelos de gestão de espaços de trabalho. Como tem reagido o mercado português? Quais as oportunidades para 2012 no mercado de escritórios? Quais as estratégias que estão a ser adotadas na escolha e conceção do espaço de trabalho? Quais as oportunidades na reabilitação de edifícios e das tecnologias de informação? Os desafios do arrendamento e da reabilitação urbana, a sustentabilidade dos edifícios (eficiência energética e racionalização de espaços), o escritório virtual como solução para a internacionalização das empresas portuguesas, cloud computing e o acesso ao escritório "any time, anywhere", entre outros modelos que representam o escritório do futuro, são algumas das questões que vão estar em debate, fomentado por um painel de especialistas em consultoria imobiliária, arquitetura, centros de negócios e tecnologias de informação ou eficiência energética.

Fonte : OJE - O Jornal Econômico.

segunda-feira, 7 de maio de 2012


15 dicas para fazer seu negócio home-based funcionar
Veja como montar um ambiente profissional e funcional para a sua empresa
Por Mauro Silveira
Esta reportagem é um extra da matéria “Minha casa, minha empresa”, publicada na edição impressa de Pequenas Empresas & Grandes Negócios (ed. 278 - março/2012). 




1.   Antes de abrir um negócio em casa, avalie se você tem os requisitos necessários para esse tipo de empreendimento. Abrir uma empresa em casa requer disciplina, planejamento, iniciativa, independência profissional, persistência e disposição para enfrentar horas de solidão.

2. Na hora de escolher o melhor cômodo para instalar o escritório, prefira um que esteja o mais separado possível da agitação da casa – de preferência, com uma entrada independente.

3. Se você tem funcionários trabalhando em casa, torna-se ainda mais importante ter uma entrada independente para sua equipe. É a maneira mais adequada para preservar a privacidade e a segurança da família.

4. Concentre suas atividades num único espaço, não invadindo os demais cômodos da casa. Prepare esse local (quarto, edícula, garagem) para sediar o novo negócio, usando os mesmos tipos de móveis e equipamentos que adotaria num ponto comercial.

5. O planejamento do escritório pode e deve incluir a adoção de tratamento acústico nas paredes, para que sons de atividades domésticas (como crianças, televisão e aparelhos de som) não interfiram em seus telefonemas.

6. Ao montar seu 
home-office, lembre-se de como você gosta de trabalhar normalmente. Como deve ser a mesa ideal? Você costuma guardar seus arquivos em papel, no hard-drive ou na sua maleta? Gosta de ter post-its colados no monitor ou prefere lembretes eletrônicos? Tudo isso deve ser levado em conta no seu planejamento. 

7. Preste atenção nas posições da sua cadeira, da sua mesa, da tela de computador e do teclado. Siga as regras da ergonomia, para não ter problemas de saúde no futuro. Invista em cadeiras ajustáveis, com apoio para braços.

8. Não use seu endereço residencial para cartões de visitas e correspondências comerciais. Melhor ter uma caixa postal ou usar os serviços de um Escritório Virtual.




9. Atenda ao telefone de maneira profissional. Parece óbvio, mas o fato de estar em casa faz com que alguns empreendedores respondam apenas “Alô”, em vez de usar o nome da empresa.

10. Não misture a conta corrente pessoal com a de sua empresa. Controle as finanças com rigor. 

11. Estabeleça horários para o começo e o fim do expediente – e também para o almoço. Para isso, use como base os horários em que seus clientes e fornecedores trabalham, e não as suas preferências pessoais. Não adianta começar a trabalhar às seis da manhã se os seus clientes costumam fazer reuniões no final da tarde, por exemplo. 

12. Organize e administre o seu tempo com parcimônia. Cumpra prazos e compromissos com o cliente. Não é porque você está numa garagem que não precisa ser pontual, ter bom preço e produtos de qualidade.

13. Cuide da aparência. Vista-se todos os dias como se fosse ao escritório ou como se tivesse uma reunião marcada com investidores. A aparência contribui para transmitir uma imagem de seriedade e profissionalismo para clientes, fornecedores e empregados. 


14. Fale com alguém fora do escritório pelo menos uma vez por dia. Passar o dia inteiro em silêncio, comunicando-se apenas por e-mail ou torpedos, pode provocar estresse. Planeje almoços, vá a palestras e seminários, visite clientes e fornecedores com frequência. 


15. Para quem trabalha em um escritório, é normal criar pequenas distrações ao longo do dia – um almoço em um restaurante gostoso, uma compra no final do expediente – para aliviar a tensão. O fato de trabalhar em casa não significa que você deve trabalhar oito horas por dia sem interrupção. Faça pausas curtas para algumas atividades relaxantes, como regar as plantas ou ler o jornal do dia. Mas resista à tentação de esticar esses intervalos, o que pode interferir na produtividade



Conte sua experiência no nosso blog: http://talentus4oescritoriovirtual.blogspot.com.br/


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quinta-feira, 3 de maio de 2012


A grandeza do negócio não depende do seu tamanho.


O Empreendedorismo está se consolidando como um dos pilares da educação de vanguarda no país. Hoje, são as escolas que privilegiam a capacidade inovadora e o protagonismo dos seus alunos, ao mesmo tempo que demonstram os resultados exponenciais do trabalho em equipe. O empreendedorismo também é um dos motores que propulsionam a carreira de qualquer profissional bem-sucedido no Brasil. Basta analisar a trajetória de um profissional de sucesso para identificar nele comportamentos empreendedores.
Isso é o que vemos na crescente, mas ainda limitada, base de exemplos que aparecem na mídia, nos prêmios e nas entidades que apoiam o empreendedorismo. Como é de se esperar, pois estamos falando de exceções, para cada grande exemplo temos dezenas, centenas ou milhares de casos medíocres. Não no sentido ofensivo, mas na condições de serem médios. Temos funcionários médios, alunos médios, empresas médias, com produtos e serviços médios. Entre um grande restaurante e outro, quantos medíocres você conheceu? Mude restaurante por outro produto ou serviço trivial, e algo parecido com "muitos" continuará sendo a resposta. Do mesmo modo, o número de empresários médios prevalece. Estão em todos os lugares.
A trajetória do empresário médio começa quando ele ou ela tem vergonha das suas origens. Acredita que as limitações de recursos impedem a oferta de um grande produto ou serviço. Ser uma empresa de "fundo de quintal" é depreciativo no Brasil. Uma empresa confiável precisa ter "sede própria", como era comum escrever nas fachadas no início do século passado. Mas, se esse empresário pensasse grande, veria que "fundo de quintal" poderia ser equivalente ao que é a garagem nos Estados Unidos. E lá isso quer dizer Amazon, Apple, Disney, Google, HP, Harley Davidson, Mattel, apenas para citar alguns negócios que nasceram em garagens, Não tem fundo de quintal ou garagem na sua casa? Tudo bem. Pense no seu quarto. Nos estados Unidos, isso remete à Dell e aos cartões Hallmark, que nasceram em pequenos quartos. Sua empresa pode ser a sala de estar, como ocorreu com o eBay e o Linkedin, ou mesmo a cozinha, local da casa que foi fundamental para empresas como Nike, Powerbar e Mrs. Fields.
No Brasil, ser "fundo de quintal" não impediu Anna e David Kopenhagem de produzirem marzipãs e a seguir chocolates de alta qualidade. Mais de 80 anos depois, a excelência dos produtos que saíam da cozinha de Anna ainda é valorizada. A ausência de sede própria também não impediu Giovanni Ceratti de produzir embutidos de primeira linha e vendê-los na frente de sua casa.
Ser grande, nessas situações, é estar comprometido em oferecer uma grande experiência de consumo, mesmo que isso custe um pouco mais, seja um pouco mais trabalhoso e um pouco mais complexo. Nas palavras de Steve Jobs, seria não utilizar madeira de segunda no forro de um armário, mesmo que ninguém o veja. Se mantiverem essa crença, as empresas tendem a crescer e a se tornar grandes no decorrer do tempo. Mas não os empreendedores. Eles já eram grandes quando não enxergavam limites em seus fundos de quintais. 

(Texto escrito por Marcelo Nakagawa. Texto extraído da Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios Edição Março de 2012 página 58. Marcelo Nakagawa é professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper.)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Indicação de Literatura: Inovação em Modelos de Negócios.
Autores: Alexander Osterwalder e Yves Pig.
Editora: Alta Books.
Tema: A partir de casos reais, oferece ferramentas simples e testadas para implementar modelos inovadores de negócios. O livro, que já tem comunidades de fãs e aplicativo para iPhone, chegou ao Brasil em 2011.