quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Dicas para empreender em 2017

O novo ano está chegando e com ele a expectativa de uma economia estabilizada e um ambiente favorável para empreender. Pensando nisso, reunimos dicas de negócios, de sete empreendedores de diversos setores para o ano que está por vir.
1. Entenda o seu mercado
A crise fez com que os brasileiros consumissem de forma mais consciente, especialmente os itens não essenciais. Consequentemente, o consumidor ficou mais atentos às promoções como forma de manter os hábitos de lazer e entretenimento, apesar do cenário macroeconômico adverso. Acredito que a crise econômica e política do Brasil durará ainda um tempo, mas o mercado de tecnologia tem caminhado de forma descolada da economia, mostrando importantes taxas de crescimento mesmo durante a crise. Todas as vezes que as crises surgem, há também oportunidades de negócio. Com a alta do dólar, a importação se torna uma opção mais cara, então há mais oportunidade para negócios nacionais. Mas, antes de tudo, entenda o seu mercado, diz Alex Tabor, CEO do Peixe Urbano.
2. Aproveite o “despertar” do mercado para empreender
De acordo com Tomas O’Farrell, co-fundador da Workana, plataforma de trabalho freelance que possui atuação em toda a América Latina, 2016 foi bastante impactado pelo cenário de crise, principalmente na área de investimentos, já que muitas empresas ficaram mais cautelosas e decidiram esperar as movimentações do mercado para voltarem a investir em novos negócios. Porém, segundo o executivo, o mercado já está começando a “despertar-se” da crise e ser mais ativo, o que vai impulsionar o crescimento de novas iniciativas e investimentos. Dessa forma, segundo O’Farrell, esse é um bom momento tirar sua ideia do papel.
3. Invista em soluções que, de fato, mudem a vida das pessoas
Rafael Heringer, co-fundador do Jurídico Certo, aponta que momentos de crise sempre são uma grande oportunidade para que empreendedores foquem em mercados carentes e em soluções que possam resolver problemas relevantes. O executivo ainda aponta que, em 2017, o mercado irá se comportar completamente diferente do ano de 2016, principalmente com o crescimento do índice de confiança. “Isso indica que vamos ter mais pessoas comprando e consumindo, além de mais empresas investindo, o que é um ótimo momento para quem busca empreender”, comenta Heringer.
4. Invista a longo prazo
O Zarpo, agência de viagens online focado na experiência de compra do usuário, continuará focado em desenvolver sua proposta no mercado, oferecendo uma seleção de viagens de grande qualidade com os menores preços disponíveis, assim como um atendimento especializado. “O mercado continua tendo muitas oportunidades de inovar para quem está bem estruturado e tem algum diferencial dos outros players’’, confirma Alexis Manach, co-CEO e co-fundador da startup. Para o empreendedor, a chave do sucesso está no investimento em um time forte e consolidado, além das vantagens competitivas de longo prazo. Ao investir em longo prazo, mesmo durante a crise, a empresa se tornará ainda mais forte quando o mercado voltar a melhorar.
5. Marketing é sinônimo de ROI
Para Anna Lebedeva, PR Manager Global de SEMrush, a crise influenciou o marketing digital em termos de ROI (retorno sobre o investimento) sobre o marketing em geral. “As empresas querem ter certeza de que o dinheiro que gastam com marketing traz alguns resultados mensuráveis que podem legitimar o valor gasto. É por isso que a demanda por ferramentas que podem medir todo o tipo de sucesso on-line está aumentando significativamente. Acredito que há muitas coisas relativamente novas recebendo mais atenção: 1) o streaming de vídeo ao vivo irá deslanchar conforme os usuários de mídia social exigirem mais conteúdo em tempo real. 2) Realidade Aumentada e Virtual vão mudar a forma como os marketeiros podem se envolver com os clientes e conduzir experiências para além do que é possível hoje. 3) As empresas precisarão descobrir o que um cliente quer exatamente e entregar a comunicação da maneira mais adequada para cada indivíduo numa abordagem pessoal”, conclui Anna.
6. Menos é mais
Na opinião do especialista em finanças e fundador do Kitado - plataforma gratuita e online de negociação de dívidas -, Paulo de Tarso, a crise econômica gerou incertezas e impactou negativamente em quase todos os mercados, o que refletiu na redução de investimentos e redução de custos por parte do empresariado. Por isso, na visão do especialista, é importante apostar em negócios que resolvam problemas reais, certificando que existe um público-alvo relevante e que os custos sejam adequados para as receitas esperadas. “Estamos vivenciando uma crise financeira, por isso, a minha sugestão é cuidar especialmente com a capacidade de investimentos, buscando ter capital adicional para ter fôlego e prevenir-se de problemas inesperados”.
O especialista também sugere focar na eficiência de custos para tornar o negócio viável, mesmo em momentos de crise, e que os empreendedores foquem na execução, definindo o plano anual, concentrando-se a executá-lo com excelência e disciplina. “Busque sempre se diferenciar a partir de uma proposta de valor que resolva problemas reais, ou seja, inove, inove e inove”, diz o empresário.
7. Novas ideias
Para o diretor de produtos e sócio-fundador da Alura, Paulo Silveira, tanto o mercado convencional quanto o digital sofreram com a retração de 2016. “Tecnologia e educação são dois mercados onde a crise costuma atingir por último, e este ano vimos isso acontecer”, diz. Para o empresário, a dica para o próximo ano é focar em um budget factível, evitando a possibilidade de sangrar a empresa por muito tempo. “Faça testes rápidos e baratos, pivotando caso não dê certo. Agora se faz ainda mais essencial essa matemática”, explica.
Além disso, Silveira aconselha a não faltar implementações de ideias novas. “Nós, da Alura, devemos lançar dois novos produtos no decorrer do ano. É necessário aproveitar a chamada crise para se posicionar em novos mercados, na esperança de que, quando houver a melhora, já estaremos bem posicionado”, explica.

Extraído site Administradores: http://www.administradores.com.br/noticias/empreendedorismo/dicas-para-empreender-em-2017/115640/

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Cinco formas para cuidar do planejamento financeiro da sua empresa em 2017


O cenário macroeconômico do País ainda permanece instável e a perspectiva é que o Brasil ainda não passe a ter crescimento vigoroso, acima de 1%, de acordo com a mediana das projeções do mercado financeiro, apurado pelo boletim Focus do Banco Central. Por isso é importante que empresários de pequeno e médio porte façam o planejamento financeiro, de modo a evitar riscos para a saúde da empresa.

De acordo com especialistas em finanças, é importante que os gestores de empresas se atenham a alguns fatores, como o gerenciamento do fluxo de caixa, a necessidade da tomada de crédito e os cuidados com a questão fiscal e tributária. Listamos abaixo cinco dicas que esses especialistas consideram fundamentais para ter cuidado no planejamento financeiro para 2017. Veja:

1. Observe com atenção o fluxo de caixa da sua empresa
Em momentos de crise econômica, é natural que haja queda na receita. Nesse aspecto, é importante que o empresário reduza custos e despesas, principalmente os considerados não essenciais. A avaliação é de Fabrício Costa, diretor de novos negócios da Equals, empresa especializada em gestão financeira e conciliação de vendas. "Uma coisa é certa, aumentar as receitas da empresa em momento de queda na economia costuma ser um grande desafio. Por isso é mais adequado para a maioria das empresas reduzir custos e despesas", avalia o especialista. Além disso, é importante nunca tirar os olhos do fluxo de caixa. Ele sempre será o termômetro que definirá a saúde financeira da empresa, complementa Costa.

2. Antecipe possíveis momentos para tomada de crédito
Muitas vezes uma empresa necessita de recursos financeiros, seja para expandir suas operações como também para lidar com possíveis retrações de recursos. Por isso, é importante que o empresário se antecipe, buscando as melhores forma de obter crédito, avalia o financista Dan Cohen, sócio-fundador da plataforma de intermediação de crédito F(x). "Existem ferramentas no mercado que colocam o empresário em contato com bancos e fundos que desejam conceder crédito. Assim, ele tem rapidamente acesso a um número maior de financiadores e pode negociar condições melhores", avalia Cohen.

3. Gerencie as notas fiscais emitidas
A utilização das Notas Fiscais Eletrônicas (NFe) é uma realidade nas empresas. O armazenamento por um período de cinco anos após a data de emissão de cada documento é uma obrigatoriedade fiscal. Por isso, é importante que o empresário tenha total controle da gestão de modo a evitar autuações por parte dos órgãos fiscalizadores, avalia Alison Flores, sócio-fundador da NFe Cloud, especializada na gestão desse tipo de documento. "À medida que a atividade de uma empresa cresce, a emissão de notas fiscais aumenta, exigindo uma maior organização destes documentos. Os setores financeiros e comerciais de uma companhia precisam ter acesso a todas as transações, e o armazenamento digital deixa todas as NFes disponíveis para consultas sempre que preciso", afirma o especialista.

4. Estude a possibilidade de antecipar recebíveis
Seja para investir no seu negócio ou para cobrir alguma despesa extra no caixa, as empresas veem na antecipação de recebíveis uma forma de conseguir crédito para saldar as contas. A antecipação nada mais é do que transformar as vendas parceladas no cartão de crédito em dinheiro vivo, por meio do banco ou de uma adquirente para necessidades emergenciais, avalia Fabrício Costa, da Equals. "Como qualquer outra linha de crédito, se não for bem pensada pode virar um grande problema para o empresário no futuro. Por isso, é imprescindível montar um planejamento financeiro, com uma projeção de fluxos de caixa, caso a antecipação se mostre a melhor opção", aconselha o especialista.

5. Alongue o prazo das linhas de crédito
Muitos empresários brasileiros ainda acreditam que empréstimo se refinancia e por isso não se importam em tomar linhas de curtíssimo prazo. Isso acaba sendo uma gigantesca armadilha em períodos de crise, em que os bancos naturalmente diminuem suas carteiras de crédito, afirma Dan Cohen, da F(x). Além disso, o especialista aconselha privilegiar garantias não-operacionais ao negociar o crédito. "É muito mais fácil conseguir crédito com garantias não-operacionais, ou seja, que não fazem parte do próprio negócio da empresa, do que aquelas diretamente ligadas à atividade", complementa.




Matéria extraída do site Administradores: http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/cinco-formas-para-cuidar-do-planejamento-financeiro-da-sua-empresa-em-2017/115623/

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

5 dicas para terminar o ano com as contas da empresa no azul

São Paulo – O fim do ano pode ser uma época complicada para muitos empreendedores. Depois de um ano difícil na economia com foi 2016, quem tem o seu próprio negócio precisa ainda arcar com despesas extras, como décimo terceiro salário dos funcionários e férias coletivas, por exemplo. E, se você não atua no varejo, também é uma época de poucas vendas.
Sendo assim, muitas vezes fechar o ano no azul torna-se tarefa árdua. Porém, não é impossível. Especialistas consultados por Exame.com indicam algumas práticas de gestão e finanças que podem ajudar sua empresa a ter as contas em dia no fim do ano.
“Uma estratégia é pensar bem no que vai gastar até o fim do ano, não ficar empolgado com festa de funcionário ou presentes para os clientes, por exemplo. É preciso ser criterioso”, aconselha a professora de administração Liliane Cristina Segura, do Mackenzie.
No entanto, é bem mais fácil conseguir fechar no azul quando você já tem um controle sobre as contas ao longo do ano.
“Não adianta fechar dezembro no azul se em todos os meses anteriores a empresa operou no vermelho. Inclusive muitas empresas tiveram problemas éticos por conta disso”, avisa o professor Arnaldo Vhieira, da FMU.
Se você já vem se planejando, ótimo. Se não, ainda dá para tomar algumas atitudes. Veja a seguir algumas dicas para ajudá-lo a vencer o fim do ano e começar 2017 com o pé direito.

1 – Faça um balanço de 2016
O fim do ano é um ótimo momento para você olhar minuciosamente para suas contas ao longo do ano e entender o que precisa melhorar.
“Aconselho a fazer um grande balanço das suas contas de 2016 para entender onde você ficou no vermelho e onde ficou no azul. Com isso fica mais fácil ajustar as áreas que estão no negativo”, afirma Vhieira.

2 – Reveja seus custos
Depois de analisar as contas do ano, você estará pronto para rever os custos do seu negócio e reduzir no que for possível.
“As fazer um controle rígido dos custos operacionais, o empreendedor terá condições de gerenciar as contas que eventualmente estejam no vermelho, equilibrando despesas e receitas”, explica o professor.

3 – Alinhe seus processos
De nada adianta economizar nas despesas se os processos da sua empresa são ineficientes e geram desperdício. Para quem atua no varejo, então, a dica é ainda mais importante. Afinal, o fim do ano é uma época importante para as vendas.
“Vou dar um exemplo prático. Estive numa loja há uns dias e havia uma fila imensa de clientes esperando para pagar no caixa. E eu vi muitos deles, inclusive eu, desistindo da compra por causa dessa espera. É uma falta de visão de negócio. Muitos empreendedores perdem clientes por conta disso: falta de controle dos processos”, afirma Vhieira.

4 – Negocie
O ano de 2016 foi difícil para a economia, e muitos empreendedores chegam ao fim do ano apertados. A dica para terminar bem o ano então é negociar com seus fornecedores e credores.
“É importante verificar o que é essencial dentre os pagamentos e tentar alongar ao máximo o que for possível. É um gerenciamento de crise. Não deixe as coisas vencerem. Converse com os fornecedores, mostre sua situação e seja transparente”, aconselha Liliane, do Mackenzie.

 5 – Planeje-se
O fim do ano é um ótimo momento para você planejar as metas para o ciclo seguinte. Depois de analisar seus números atuais, fica mais fácil saber o que te espera e quais seus objetivos para os próximos meses.
“Dia 2 de janeiro a empresa volta a trabalhar e precisa saber o que vai fazer. O planejamento é fundamental nesse momento, pois só assim será possível visualizar o que virá”, afirma a professora.
“Com isso, a empresa sabe com mais antecedência se vai precisa demitir ou contratar pessoal, por exemplo, o que ajuda a tomar decisões mais embasadas”, completa.



Matéria extraída do site Exame.com: http://exame.abril.com.br/pme/5-dicas-para-terminar-o-ano-com-as-contas-da-empresa-no-azul/

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

7 dicas para colocar o blog da sua empresa no ar hoje mesmo

Em tempos de internet, redes sociais, Google e vendas online, ter um blog é essencial para todas as empresas, de qualquer segmento. Isso mesmo, para todos os negócios!

O blog é uma poderosa ferramenta de relacionamento com o público-alvo da sua marca e também para ajudar a melhorar a posição orgânica da sua empresa nos mecanismos de busca da internet, sem pagar anúncios.

Confira as principais dicas que preparamos para você colocar no ar o blog da sua empresa hoje mesmo e para alimentá-lo de forma fácil:

1)     Agregue o blog ao site da sua empresa ou aposte numa ferramenta gratuita para isso, como o WordPress, por exemplo.

2)     Defina a periodicidade das postagens, para se comprometer e criar cultura com o seu público. Uma boa dica é publicar um texto novo a cada quinzena ou semanalmente, por exemplo.

3)     Faça uma planejamento prévio dos temas. É importante entregar conteúdo e valor aos seus clientes. Então, aposte em assuntos que respondam às principais dúvidas deles, que tragam dicas, que antecipem tendências e que contem casos de sucesso.

4)     Não caia na armadilha de só preparar conteúdos que promovam o seu produto, serviço ou marca. A ideia aqui é prestar serviço com informações relevantes e de interesse do seu público-alvo. Então, fale do seu segmento, mas não fique vendendo o tempo todo.

5)     Entre as fontes para buscar informações para esses textos podem estar as áreas de vendas e de relacionamento com o cliente da sua empresa, pois elas  ajudarão a identificar as principais dúvidas do cliente, que você responderá no texto.

Há blogs de sucesso no mercado com textos construídos a partir das perguntas mais frequentes dos clientes. Outra dica é ver o que a concorrência no Brasil e no exterior está publicando, para se inspirar.

6)     Para turbinar ainda mais os resultados do seu blog, tente incluir no texto, se fizer sentido, as palavras mais procuradas no Google, pois isso ajuda na conversão e melhora o rankeamento nesse mecanismo de busca. É só escrever a palavra no espaço de buscas e ver quantas vezes o termo é procurado. Além disso, seu título deve ter entre 10 e 70 caracteres.

7)     Você também pode divulgar os temas nas suas redes sociais e no boletim online da sua empresa, com link para que a pessoa possa ler o conteúdo completo no blog, trazendo mais audiência para o site do seu negócio.

Comece hoje mesmo a colocar o seu blog em prática e confira os resultados! Aproveite para acompanhar os temas com mais audiência para ajustar o seu planejamento a cada mês e conseguir mais conversão e ainda mais sucesso!



Extraído do site Exame.com: http://exame.abril.com.br/pme/7-dicas-para-colocar-o-blog-da-sua-empresa-no-ar-hoje-mesmo/

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Por que o empreendedor precisa se transformar enquanto a empresa cresce

Para fazer a empresa prosperar, o empreendedor precisa saber para onde quer ir e o que precisa mudar — nele e no negócio — para chegar lá.

Se você é empreendedor, já deve ter ouvido muitas vezes que sonhar grande dá o mesmo trabalho do que sonhar pequeno. É verdade. Tudo começa com a visão do empreendedor. Mas como transformar o sonho em realidade? Como construir uma empresa que mantenha um ritmo de crescimento e inovação por muitos anos? Muitas vezes, a aflição dos empreendedores está justamente nos momentos em que eles sentem a necessidade de levar a empresa a um novo patamar.

Há um imenso esforço para começar um negócio e deixá-lo redondo, mas, aos poucos, surge a necessidade de desbravar novos mercados, inovar nos produtos ou conquistar clientes maiores. O empreendedor começa a pensar se está pronto para dar um passo maior. Preciso de ajuda para crescer? Quais recursos preciso mobilizar? Qual será o meu papel nessa transição? Minhas funções na empresa precisam mudar? Certamente, ele precisará de fôlego para fazer sua empresa subir mais alguns degraus. Mas com um bom plano e uma dose de ousadia, dá para chegar lá.

Reconheça em qual fase você está
Segundo Cassio Casseb, ex-presidente do Banco do Brasil e hoje consultor e conselheiro de empresas, a primeira coisa que o empreendedor precisa saber é em qual degrau do desenvolvimento sua empresa está. Algumas pessoas confundem o que realmente têm nas mãos, enxergando na verdade o que gostariam de ter.

Primeiro, o empreendedor tem uma ideia. Depois, ele monta um negócio. Aí, há um terceiro momento em que ele tem uma empresa. É quando ele cria estruturas, monta processos. Finalmente, pode virar uma empresa aberta. Em cada uma dessas fases, as demandas são diferentes — e elas precisam estar bem resolvidas para que o empreendedor alcance o nível seguinte.

Um livro chamado Growing Pains divide as companhias em quatro estágios. Algumas companhias que dão muito certo nos primeiros estágios acabam sucumbindo ao não enfrentar corretamente os desafios do estágio seguinte. Por exemplo, inicialmente, para ser bem-sucedida a empresa precisa definir qual demanda do mercado quer resolver, desenvolver um produto ou um serviço útil e estar organizada para funcionar no dia a dia. No segundo estágio, ela precisa se preparar para adquirir recursos e desenvolver sistemas mais complexos.
A Apple, que nasceu em uma garagem para se tornar uma das empresas mais valiosas do mundo, conseguiu superar a dor de crescimento em cada estágio.

Um empreendedor para cada momento
Além dos desafios que mudam para a empresa como um todo, muda a rotina do empreendedor. A pessoa que monta uma startup, inicialmente, faz de tudo um pouco: é a equipe de TI, vendas, RH e financeiro ao mesmo tempo. Um outro livro, Grow to Greatness, fala sobre a evolução do empreendedor. Conforme sua empresa muda de patamar, ele precisa aprender a delegar, a confiar, a motivar e a ouvir.

Quem começa como executor passa a ser gestor, depois líder e, finalmente, mentor. O especialista se torna um generalista, depois um estrategista e, finalmente, condutor da cultura. O empreendedor precisa estar atento para desapegar de algumas funções e assumir novos papeis conforme o tempo passa e as necessidades do negócio mudam.

O papel do advisor
Um conselheiro pode ser interessante para acompanhar o empreendedor em uma fase de crescimento porque, como uma pessoa experiente, já viveu situações parecidas. Ele ajuda a enxergar o que é causa e o que é consequência e ajuda a buscar os melhores caminhos. Além disso, pode abrir portas para novos clientes e novos mercados. O empreendedor só não pode esperar que ele dê palpite sobre tudo, afinal deve ser chamado por entender de uma área ou de uma situação específica. Para encontrar um conselheiro, acione sua rede de contatos ou, se você já tem uma pessoa em mente, vá atrás dela. É importante que o empreendedor e o advisor tenham afinidade para construir uma relação interessante.

Crescimento não se faz só com dinheiro
Quando o empreendedor quer dar um novo salto, é muito comum que ele comece a pensar em como captar dinheiro para crescer. Ele logo pensa nos fundos de private equity com quem possa negociar. A questão é que dinheiro não é a solução para tudo. Pode ser que o fator escasso na empresa seja outro.

Casseb afirma que teve contato com muitos empreendedores que, para crescer, planejam redefinir seu público-alvo, alterar seu produto, mudar o canal de distribuição ou melhorar a qualidade dos funcionários. “Nem todas essas iniciativas exigem um alto investimento financeiro. Se o fator escasso da sua empresa é mercado, por exemplo, provavelmente você precisa mexer no seu produto ou questionar seu canal de vendas”, diz.

É POSSÍVEL USAR OS RECURSOS JÁ EXISTENTES E DIRECIONÁ-LOS PARA UMA NOVA ESTRATÉGIA.

Ele usa como exemplo a situação vivida pelo Brasil nas décadas de 1980 e 1990. O país tentava mostrar aos investidores estrangeiros que não era pior do que o México ou a Argentina. Era difícil e todo mundo dizia que faltava dinheiro no país. Mas o que faltava não era dinheiro: era um projeto ou um bom operador. Todas as vezes em que o Brasil teve um projeto bom com um bom operador, o dinheiro apareceu.

O mapa da mina
Quando o empreendedor começa a visualizar uma mudança de degrau, ele precisa traçar um plano de ação muito claro. Assim, fica mais fácil visualizar quais são realmente os fatores escassos. Uma vez que as tarefas tangíveis para atingir o objetivo estiverem estabelecidas e quando elas puderem ser mensuradas, é preciso delegar donos e datas para cada uma delas. Mudanças de patamar são momentos saudáveis e podem ser prazerosos. O empreendedor precisa encarar de forma positiva, mas ao mesmo tempo entender todos os detalhes antes de tomar qualquer decisão.

Existe momento certo?
Não existe uma receita de bolo para saber qual é o momento certo para pensar no crescimento da empresa. Casseb usa a metáfora de um incêndio. Quando o fogo se espalha, o certo é apontar a mangueira para a base do fogo e não para a fumaça ou para as labaredas. Mas se a sua calça estiver pegando fogo, é melhor apontar a mangueira temporariamente para o esse foco isolado. Crescimento de empresa é mais ou menos isso. Quando o empreendedor está trabalhando para sobreviver, não há muito como pensar nos grandes planos. Há momentos em que a prioridade é sobreviver, mas há momentos em que ele precisa se permitir olhar para onde está indo.

O que acontece é que muitas empresas param na primeira etapa. Se aparecer um problema em alguma área da sua empresa, depois de apagar o incêndio, verifique se há alguma mudança importante a ser feita para evitar que aconteça de novo. Quando os problemas param de se repetir, o empreendedor ganha fôlego para pensar estrategicamente em seu próximo passo. Empreender é como uma corrida de obstáculos.

SE VOCÊ EMPILHAR TODOS OS DESAFIOS A MONTANHA FICA INTRANSPONÍVEL, MAS SE VOCÊ PRIORIZAR, VIRA UMA CORRIDA COM BARREIRAS.

Ousadia X Cautela
“Em minha experiência profissional, vi mais empresas quebrando quando iam bem do que quando iam mal”, afirma Casseb. Isso porque, na empolgação, elas acabam dando um passo maior que a perna. Ou, como queria Bart Simpson, saltam o Grand Canyon de skate. A ambição e a confiança são ótimas qualidades dos empreendedores. Mas se exagerarem, podem perder o foco. É preciso entender qual passo é possível dar. As pessoas conservadoras demais podem não crescer, e as audaciosas demais podem quebrar. No meio desses extremos, há várias possibilidades.

Casseb atendeu certa vez um empresário que queria um diagnóstico. Sua empresa era melhor que as concorrentes e ninguém prestava o serviço tão bem quanto ela. Já tinham se passado 20 anos e o negócio continuava pequeno. Depois de dois dias na empresa, revelou sua conclusão: faltava coragem. O dono da empresa tinha medo de ficar sem trabalho e acabava cobrando menos do que poderia para os clientes, o que lhe dava uma margem baixíssima. Quando vinha uma segunda proposta, ele ficava com receio de não prestar o serviço corretamente para mais de um cliente ao mesmo tempo. A recomendação foi que ele confiasse mais em si mesmo e nas pessoas que havia treinado. Sua mentalidade mudou e ele começou a ousar mais. No primeiro ano, a empresa cresceu 40% e a margem cresceu 80%.

Mude ou morra
Nem sempre o que levou a empresa a um patamar é o mesmo serviço ou produto que vai levá-la ao próximo. Quanto espaço seu produto tem para crescer? O que dá para aproveitar do seu conhecimento em outros projetos? O empreendedor deve sempre buscar enxergar sua área de atuação como um todo. Imagine-se pegando um helicóptero e olhando o mercado de cima. Onde estão as grandes tendências? No mundo de hoje, se a empresa perder a ambição, morre. Se você quer uma empresa perene, tem que estar fora de zona de conforto o tempo todo, olhando para o futuro sempre.

Na década de 1980, a maior fábrica de régua de cálculo do mundo chamava Aristo. A régua de cálculo era usada para fazer contas complexas, extremamente útil na engenharia. A Aristo gastava dinheiro em pesquisas para sofisticar a régua de cálculo. Acontece que definiu errado. Ela não tinha que estar olhando para a régua de cálculo, e sim para o cálculo. Quando inventaram as calculadoras mais sofisticadas, a empresa quebrou em três anos.

Pessoa física X pessoa jurídica
Claro que o que vale para a empresa nem sempre vale para a pessoa física. A escala de valores do ser humano muda e nem sempre o empreendedor está mais disposto a arriscar tanto, a se expor e a fazer grandes mudanças. Os propósitos na vida do empreendedor podem, em algum momento, não estar mais alinhados com a dedicação que a empresa exige dele.


A BUSCA DA ORGANIZAÇÃO É PELO CRESCIMENTO E AUMENTO DO LUCRO, MAS NEM SEMPRE ESSE OBJETIVO TEM A VER COM O DO DONO: AO CONTRÁRIO DOS NEGÓCIOS, ELE PODE SER MENOS FELIZ SENDO MAIS RICO. É PRECISO SER SINCERO CONSIGO MESMO SOBRE A REAL DISPOSIÇÃO PARA TOCAR E NUTRIR UM NEGÓCIO.


Extraído do site Endeavor: https://endeavor.org.br/como-crescer-junto-empresa/

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

8 pontos fundamentais para quem vai abrir uma empresa



Quer ter um negócio próprio? Abrir uma empresa é uma decisão de grande responsabilidade, sendo necessários diversos processos, que necessitam de atenção, principalmente, nos detalhes mais técnicos. Alguns pontos de destaque são elaboração do contrato social, a escolha do tipo de tributação da empresa, a escolha do imóvel e obtenção de alvará.
Veja alguns pontos que o diretor executivo da Confirp Contabilidade, Richard Domingos, selecionou para ser levado em conta antes de abrir uma empresa:

Planejamento do negócio - O grande problema na maioria das empresas abertas é que isso ocorre impulsivamente, e em função disso não há um plano de negócio estabelecido, público alvo e estrutura necessária, assim, antes de qualquer coisa é necessário sentar e ver o que se pretende e como se objetiva atingir.
Muitas vezes após essa primeira análise se percebe a necessidade de uma capacitação e hoje se encontra um grande número de cursos de capacitação para empreendedores, muito desses gratuitos. Também é importante pesquisar como está o mercado em que pretende atuar, para ver em qual nicho de público se encaixará.

Cálculo de custos para começar a funcionar - É preciso que se tenha em mente que para colocar uma empresa para funcionar haverá custos que vão além dos que já se conhece no dia a dia de uma empresa com infraestrutura e pessoal. Dentre esses os principais são as taxas da junta comercial e da emissão do alvará, dentre outras que variam de acordo com a localidade e o ramo de atuação.
Para facilitar esse processo existem profissionais especializado em resolver a burocracia.

Elaboração do contrato social - Para toda empresa funcionar é imprescindível que se elabora um contrato social, é nesse documento que estão relacionados os pontos práticos do funcionamento da empresa. Pontos primordiais que devem englobar são informações como nome, endereço e atividade, capital social (valor ou bens investidos), qual a relação entre os sócios e como se dá a divisão dos lucros.
Importante frisar que quaisquer alterações contratuais, faz com que se tenha que refazer as inscrições federal, estadual e municipal e as licenças. As sociedades limitadas só podem alteradas se 75% do capital estiver de acordo. Geralmente o registro de um contrato social pode ser agilizado procurando o sindicato da categoria da empresa, sendo que o mesmo pode possuir um posto avançado da junta comercial. Com isso, todo esse processo pode ser finalizado em até 24 horas.

Opção pelo regime tributário que a empresa seguirá - Hoje são basicamente três os regimes de tributação existentes, Simples, Presumido ou Real. A opção pelo tipo de tributação que a empresa utilizará deve ser feita até o início do próximo ano, mas, as análises devem ser realizadas com antecedência para que se tenha certeza da opção, diminuindo as chances de erros.
Outro ponto é que cada caso deve ser analisado individualmente, evidenciando que não existe um modelo exato para a realização de um planejamento. Apesar de muitos pensarem que melhor tipo de tributação é o Simples, existem até mesmo casos que esse tipo de tributação não é o mais interessante, mesmo que a companhia se enquadre em todas as especificações.

Definição da estrutura física - Além de definir o local onde será o empreendimento é necessário também que se adquira toda uma estrutura para o funcionamento da empresa, e isso dependerá de cada ramo de atuação, podendo ir desde maquinário até material de escritório.
Sobre o local em que será é importante que se observe também se esse se adéqua ao público que pretende atingir e, principalmente, diretrizes estabelecidas pelo município referente ao local.

Obtenção de registros e licenças - hoje a burocracia é tanta para empresas que grande maioria não possuem todos os registros e licenças necessários para o funcionamento, no que se configura em um risco jurídicos para essas, dentre os registro necessários estão o habite-se do imóvel (autorização da prefeitura para que ele possa ser habitado) e as regras de ocupação de solo (cada cidade define regras específicas em leis de zoneamento), alvará de funcionamento, pagamento de taxas de funcionamento, dentre outras licenças necessárias dependendo da atividade da empresa.
Veja todos os documentos necessários e em quais órgão buscar:
  • Junta Comercial: registros dos atos sociais (contrato social, atas de reuniões, deliberações etc.).
  • Receita Federal: para obtenção de registro do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica).
  • Prefeitura: para obtenção do Alvará de Funcionamento e nota fiscal, caso a empresa seja contribuinte do ISS (Imposto Sobre Serviços).
  • Secretaria Estadual da Fazenda: para obtenção de inscrição Estadual.

Contratação de uma contabilidade - Toda empresa necessita de uma contabilidade para funcionar. Essa que será responsável por estar gerando as informações imprescindíveis para a empresa esteja em dia com os órgãos públicos.
Também são responsáveis pelo cálculo de impostos e tributos que a empresa deverá pagar, bem como análise da situação contábil da empresa e geração de informações imprescindíveis para a gestão empresarial

Processo de contratação de profissionais - Sua empresa terá necessidade de funcionários? Se sim é necessário abrir processos seletivos para contratação, hoje esse ponto é um dos mais problemáticos para as empresas em função de um crescente apagão de mão de obra que passa o país. Após a contratação é necessário elaborar o contrato de trabalho, definir salários benefícios ver qual o melhor regime de trabalho e regularizar o mesmo junto ao INSS.

Extraído e adaptado do site Administradores: http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/8-pontos-fundamentais-para-quem-vai-abrir-uma-empresa/114388/

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

21 dúvidas de quem já tem uma empresa funcionando

Quem é empreendedor já sabe: sempre surgem novas dúvidas com relação aos mais variados aspectos de um negócio.
Pensando em ajudar os donos do próprio negócio a ser mais assertivos nos processos de tomada de decisão, listamos questões que surgem na cabeça de empreendedores que já têm empresas funcionando e mostramos que caminho seguir. Confira:

1. O que fazer e não fazer na hora de cortar custos?
Só corte custos se for para fazer uma economia significativa e, na medida do possível, evite provocar insatisfação ou desmotivação entre os seus colaboradores. Comunique os motivos de forma clara e transparente e procure não demitir pessoas das quais você poderá precisar em breve.

2. Como delegar responsabilidades?
Esse é um dos grandes desafios enfrentados pelos empreendedores. Chega um momento em que se percebe que a empresa cresceu a um ponto em que é impossível cuidar de tudo. Delegar implica confiança. Busque pessoas que tenham competências mais desenvolvidas do que as suas e que, acima de tudo, pensem no bem da empresa como se fossem você.

3. Quais os benefícios e riscos de delegar responsabilidades?
Os principais benefícios são trazer novas competências à empresa e dar a você mais tempo de lazer e para preparar pessoas para sua sucessão. Os riscos ocorrem quando o processo não é planejado e feito em regime de emergência.
Escolher pessoas inadequadas pode obrigar o empreendedor a arcar com as consequências da falta de competência ou de honestidade, além dos custos da substituição do profissional.

4. Um concorrente está ameaçando a minha sobrevivência. O que fazer?
Nunca se acomode diante da concorrência. Fique continuamente atento aos casos de sucesso, inclusive de empresas menores que ainda podem vir a ser concorrentes. Tenha sempre planos de crescimento e de reação, para não ser pego de surpresa. Empresas que agem primeiro costumam ser as vencedoras.

5. Que cuidados devo ter com fornecedores?
Evite depender de apenas um ou de poucos. Ao escolher um fornecedor, pesquise a saúde financeira da empresa e dos sócios, procure saber quais são as políticas de qualidade e de respeito aos trabalhadores, à legislação, ao meio ambiente e à responsabilidade social.

6. O que fazer quando os preços das matérias-primas aumentam?
Não fique dependente de um único fornecedor e procure opções que permitam negociar o aumento. Calcule quanto conseguirá repassar aos preços e busque formas criativas de fazê-lo. Caso não haja margem para reajustes, busque melhorar a produtividade ou identifique outros produtos que possam ter o preço aumentado como compensação.

7. Há consultorias ou instituições que ajudem empreendedores em início de carreira?
Sim. Procure as que tenham empreendedores entre os sócios e colaboradores e possam compartilhar experiências e casos de sucesso.
Essas consultorias muitas vezes aceitam cobrar um pouco menos no início para ter uma participação maior no sucesso futuro do negócio. Existem também instituições não-governamentais, como a Endeavor, que tem conteúdos para capacitação de empreendedores em diversos estágios.

8. Alguns de meus colaboradores querem ir embora. Como evitar?
A melhor forma de reter pessoas é propiciar crescimento pessoal. A isso estão associados aspectos como treinamento, plano de carreira, orgulho corporativo e confiança no futuro da empresa, entre outros. No entanto, se a decisão já estiver tomada, ajude o colaborador demissionário a fazer a transição, com maturidade e sem rancor.

9. Devo oferecer participação societária aos colaboradores?
Muitos empreendedores se empolgam e oferecem participação societária antes da hora. É necessário perceber no colaborador, além do senso ético, atributos que agreguem valor ao negócio de forma progressiva e consistente. Quando houver essa segurança, aí sim deve-se partilhar a sociedade.

10. Como estabelecer processos que aumentem a produtividade?
Observe os processos atuais e meça quanto se produz em determinados períodos de tempo. Analise quais etapas do processo podem ser otimizadas.
Ouça os colaboradores envolvidos na produção, anote ideias, pesquise centros de inovação e redesenhe os processos. Ponha em prática, volte a medir os resultados e compare.

11. Como definir a capacidade produtiva?
Capacidade produtiva é o máximo que se consegue produzir em um determinado período de tempo. Isso pode ser traduzido, por exemplo, em produtos finalizados em um dia.
A medida é importante, pois permitirá que a empresa se posicione em relação aos pedidos ou à necessidade de estoque, antecipando com a maior precisão possível a necessidade de mão de obra, matéria-prima e até de investimentos necessários para a compra de equipamentos

12. Recebi a visita de um fiscal que me pediu propina. Como devo agir?
Para evitar que isso aconteça, proceda sempre de acordo como as leis tributárias, trabalhistas, ambientais etc. Isso posto, nunca cogite dar propina. Lembre-se: não existe corrupto sem corruptor. Denuncie!

13. Alguns fornecedores prometem vender mais barato se não tiverem que dar nota. Que fazer?
Não caia nessa tentação. A venda sem nota, além de ilegal, não garante ao comprador nenhum direito de reclamação relacionada à qualidade do produto. Ao comprar sem nota, também não se sabe a procedência do produto. Não se arrisque.

14. Como fazer um bom controle de estoque?
Deve-se evitar basicamente que faltem produtos ou que sobrem em demasia. É importante fazer previsões de vendas realistas, considerando sazonalidade, tipos de produtos que mais saem, períodos mais propícios para compra dos insumos, capacidade produtiva e eficiência.
A partir dessas informações, o gestor será capaz de estabelecer o ponto ideal de estoque e com isso gerir as outras variáveis, como produção e compras.

15. Como cobrar qualidade dos colaboradores?
A primeira medida é estabelecer critérios. Com essa definição, é possível fazer avaliações de desempenho que gerem prêmios e bônus.

16. Preciso cortar custos. Como evitar demissões?
A primeira regra para evitar ser pego de surpresa por uma necessidade de corte de custos é planejar e gerenciar as finanças criteriosamente. Também considere que os custos de demissão e de eventuais recontratações e treinamentos podem ser muito maiores do que tentar manter pessoas-chave.
Se demitir for inevitável, comece pelos colaboradores com pior desempenho ao longo do tempo. Aproveite a ocasião para reavaliar a quantidade de pessoas necessárias para o trabalho diário.

17. Como evitar ações trabalhistas?
Siga rigorosamente a legislação relativa à sua atividade econômica. Não faça acordos que no futuro possam ser motivo de processos judiciais. Não deixe de cumprir os encargos gerados pela formalização da relação trabalhista com seus colaboradores e lembre-se: nunca deixe de registrá-los.

18. O que fazer para evitar ações trabalhistas em que e-mails podem ser usados como comprovação de horas trabalhadas?
Respeite os horários de descanso previstos em lei. Não faça solicitações nem suponha que o colaborador tem obrigação de ler e-mails nesses períodos. Isso será útil para que você também valorize e aproveite os momentos que devem ser dedicados a si mesmo e à sua família.

19. Contraí muitas dívidas. O que fazer?
Primeiramente, saiba separar a vida pessoal e a da empresa. O empreendedor deve saber apertar o próprio cinto se for necessário, abrindo mão de pró-labore e outros benefícios. Se você realmente acredita no negócio, considere fazer aportes, mesmo que isso signifique venda de ativos pessoais.
Se não tiver recursos para tal, pense na busca de um sócio ou na contratação de consultorias especializadas em reestruturação de dívidas, que podem ter os honorários vinculados aos bons resultados. Tente trocar dívidas de curto prazo por dívidas de prazo maior.

20. Como fazer para aumentar os meus preços?
Pesquise os preços da concorrência. Veja o que oferecem e o que cobram. Faça uma análise de seus custos e produtividade e veja se ainda consegue melhorar a rentabilidade.
Caso a única saída seja aumentar o preço, garanta que todo o seu pessoal adote o mesmo discurso sobre os motivos desse aumento e procure oferecer algumas vantagens ou opções ao cliente para minimizar o impacto.




Extraído do site PEGN: http://revistapegn.globo.com/Administracao-de-empresas/noticia/2016/10/21-duvidas-de-quem-ja-tem-uma-empresa-funcionando.html